[RP Fechado] Lágrimas na chuva, uma aventura em Toshi Ranbo

[Shiba Hansetsu]

“ Saiba que sua vinda não será em vão.” Ela percebeu algo sem seus pensamentos? Mesmo dando atenção a tantos convidados?

Só de pensar nessa possibilidade o estômago do jovem bushi se revirou.
Viu todos se pronunciando, em falas extensas e tentando passar alguma mensagem. E então ele congelou; Ninguém tinha tido nada sobre tudo aquilo. Ao menos não desde que ele tinha chegado. Será que ele não prestara atenção nas palavras de seu sensei?
Se revirou de novo.
Evitou olha-la diretamente.

- Não à dia, não à noite, nem chuva. Não á nada que nos impeça de atender um pedido imperial.

Resolveu então seguir o exemplo dos que viu, e soltar sua pequena filosofia. Estendeu a mão e deixou um pedaço de papel, que guardava as notas mas recentes do Bushi, pensamentos pessoais, sem nenhum meio de podar as informações com etiqueta ou outras diretrizes; a verdade.

[Fu Leng]

A chuva intensificava-se, os sons dos raios era forte e estrondoso. Seus ecos rugiam pelos vales como bestas que despertavam de um sono muito antigo. Os relâmpagos forneciam sombras nas paredes, algumas, muito sinistras, pareciam se aproximar de Shosuro Kouga. (Todos que tiverem Percepção maior que 3 percebem isso) A imperial permanece ereta e calma, não se assusta com nada daquilo. As intempéries não eram sua ocupação no momento. Com a voz serena, ela cumprimentou o Dragão:

—Interessante que tenha dado a resposta antes de saber a pergunta, Mirumoto-san. Que forma exótica de manter uma conversa. Poderia se dar ao trabalho de nos explicar como isso se dá?

O rosto dela muda com as palavras do escorpião para alguma coisa muito mais longe do estado atual de espírito em que ela se encontrava. O olhar dela se eleva, os lábios se apertam em um pequeno e sutil biquinho conforme pensa, o ar concentrado se manifesta conforme pondera e pesa o argumento. Aos poucos, Asahina percebe que a Otomo estava ficando de fato agradada.

—Muito bom Shosuro-san. Muito obrigada. Fico satisfeita com a seleção que o escorpião fez, irei redigir uma carta de agradecimento e pedir para que minha família agradeça seu Dojo. Vejo muito potencial e que poderemos nos ajudar amplamente. —E, delicadamente focando em Shiba— ...Fico satisfeita. Existe alguma consideração para fazer sobre meu pedido?

Uma longa seleção de alimentos é ofertada para os samurais ali. Os heimins que lhes atendem são educados, prestativos, rápidos e eficazes, servindo a todos com igual interesse. A comida tem aspecto bom e saboroso, é nutritiva e fornece uma boa e substancial refeição; como a viagem de saída dali, pelo menos esta noite, foi interrompida, todos são informados por um Heimin:

—Olá Samurais-Sama! Eu sou Jutei, dono da casa de chá "Lágrimas na chuva" e seu feliz anfitrião. Foram separados quartos individuais para todos, assim como a água para banho está sendo esquentada para quem quiser espantar o frio. Os quartos ficam todos no andar de cima, e espero que estejam a contento. Ficará meu filho Jutero à disposição durante esta noite, para servir quem por ventura não tenha sono e deseje alimentos ou bebida. Por favor, desejo que fiquem confortáveis e se houver qualquer coisa que eu possa fazer para tornar vossa estadia mais agradável, não me poupem.

(Atenção jogadores, já estamos com um numero adequado de personagens jogadores nesta história, portanto agora ela adquire um status de "jogo fechado")

[Akodo Toshisawa]

                  Mantém a postura ao ouvir os comentários de Otomo, a elegância, a chuva não o surpreende é indiferente, os olhos atenciosos as palavras de Otomo de maneira polida, a atenção aos demais samurais também é educada. Agradece com a voz calma, e educação, curvando-se a Otomo brevemente:
                  -A presença de Otomo-sama é inspiradora, agradeço as gentis palavras e a hospitalidade. É fortuito poder ajudar, no que precisar estou aqui, Otomo-sama.
                   Volta a dar um breve cumprimento a Otomo ao terminar de falar, ajeitando os cabelos que caem em seu rosto quando se levanta, ajeita-se sentando, o porte físico é perceptível enquanto se ajeita, o kimono justo realça os braços e peitos firmes do bushi, a atenção fica nos demais samurais ali, sempre atencioso e educado.

[Asahina Tayōkō]

Asahina tira um leque do obi, escondendo o sorriso sem graça com o qual responde as palavras enigmáticas do dragão. Felizmente o Escorpião se manifesta em seguida o que, quem diria, é um alívio. Um clã de corte afinal, inegavelmente. Ela cumprimenta o Shosuro de forma breve afastando o leque do próprio rosto quando ele termina de falar. Por fim as palavras do Shiba parecem ser extremamente acertadas apesar de breves.

-Apesar do meu pouco contato com as famílias do Império pelo que temos presente eu diria que a família Shiba mostra-se bastante devotada, dedicada aos seus intentos, curioso como, ainda que de uma forma tão diferente, parecem se importar em proteger os que lhe são caros, tanto quando o faz a minha própria família. - Ela meneia para o Shiba de forma gentil, dirigindo então a atenção ao Shosuro, ela nota as sombras ao redor dele -Já a família Shosuro mostra-se hábil com as palavras, e interessada nos deveres, são os artistas do Escorpião, não?

Fuyuko aproveita o levante de heimins que rapidamente os servem toda a variedade de comidas, de forma discreta aborda um deles de forma discreta, sem se levantar, usando o leque como um pequeno biombo fala baixo com o hemin que a cumprimenta e se afasta ligeiro.

Não demora para que o heimin volte até o Shiba, mantendo a cabeça baixa de forma servil ele oferece uma toalha limpa e seca com leve cheiro de lavanda:
-Se Shiba-sama desejar, roupas secas já foram providenciadas, senhor. - O heimin se dispõe a mostrar o caminho, se for o caso.

A Asahina apenas observa a situação, intervindo apenas se for necessário, parece preocupada com o samurai do Fênix e não pretende mante-lo à mesa antes que ele esteja suficientemente confortável, e espera que a Otomo não discorde.

[Shiba Hansetsu]

- Sim.. - Fez uma pausa, estava deixando de lado o sorriso que tinha feito ao perceber os elogios ao Shosuro.  ‘ Está para acabar’, pensou.    Terminou logo em seguida;
- Dever. Servir.  Sentia uma terrível dificuldade de elaborar uma resposta extensa naquelas circunstâncias.

- Obrigado. – Respondeu ao Heimin enquanto pegava a toalha, usando para passar no rosto na mesma hora. - Me mostraria o caminho? - Continuou com uma certa cordialidade com o servente.

- Se me permitem, logo estarei de volta. - Dizia, olhando em especial a Otomo. Não esperou nada, tudo aconteceu tão rápido que ele nem havia se sentado.

Seguiu com o Heimin.

[Akodo Toshisawa]

                  Cumprimenta a Asahina de maneira educada, respondendo-a de maneira gentil e cortês:
                  -A percepção de Asahina-san é ótima, de fato a família Shosuro é a família artista do escorpião, Asahina-san devia assistir uma de nossas peças qualquer dia, está amplamente convidada, assim como todos os samurais-samas aqui presentes.
                  Volta a atenção para o Shiba antes que se levante o cumprimentando e concordando com a Asahina:
                  -De fato uma dedicação admirável -retomando logo em seguida a atenção a Asahina -Asahina-san me levantou uma curiosidade saudável a respeito da família de Asahina-san, o que posso ver é que a garça faz jus a reputação, são belas, educadas, uma oportunidade única estar diante de tamnha cortesia e polidez. Porém pouco tive contato com membros da garça e é muito agradável ter a oportunidade de conhecer tão honorável família, Asahina-san, assim como Kakita-san. Cumprimenta brevemente o Kakita, e mais longamente a Asahina. Em seguida volta a atenção ao Mirumoto, o cumprimentando também: -Assim como conhecer a espiritualidade do clã dragão é fortuita, Mirumoto-san, há uma sabedoria, embora que oculta, muito profunda nas palavras de Mirumoto-san.
                   
                   
                   

[Mirumoto Shishio]

O sorriso não se desfez. Pousou calmamente a única mão do único braço sobre o joelho e voltou a olhar a imperial, sem pressa.

Otomo-sama, escute menos com seus ouvidos.

Sua voz saia calma, como um pai ensinando ao filho pequeno. Dessa vez, virou-se ao escorpião.

Shosuro-sama lisonjeia este humilde bushi com tais palavras. É uma honra dividir a mesa com vossa pessoa.

Apesar de tudo, seu olhar voltava algumas vezes para o Shiba que saíra, um pouco intrigado, e para Asahina. Observou os heimins servirem-nos e pegou, especificamente, um bolinho de arroz e o estendeu a Kakita Daiki.

[Akodo Shimotori]

O Kakita sorri para o MIrumoto e diz:

Somente após o irmão.

E passa uma chávena para perto do Dragão e pega o bolinho.

[Fu Leng]

A Otomo meneia para o Shiba permitindo que ele se retire. A refeição continua enquanto ampla variedade é servida. Quando o Shiba retorna é convidado a sentar-se à mesa e novos pratos quentes são trazidos para o samurai do Fênix.

As últimas palavras dos bushis do dragão e da garça fizeram a imperial sorrir brevemente. Mas ela não manifestou nada mais além de um sorriso frio e distante. Por fim, ela terminava a refeição.

Outro trovão, outro relâmpago, mais um raio que ilumina o ambiente. A tempestade estava severa e todos ouviam o vento uivando lá fora com a ferocidade de mil guerreiros. Logo a imperial os cumprimentou:

—É hora de me recolher, amanhã teremos um belo e longo dia, quando começarei a escrever propriamente o meu texto. Antes que isso se dê, eu terei que agradecer a presença de todos, mas já liberando Kakita Daiki-san e Mirumoto Shishio-san do meu pedido. Tenho a certeza que já ofereceram toda a ajuda que poderiam proporcionar, ambos receberão uma menção na carta que enviarei ao meu Daimyo, afinal fizeram forte impressão e tenho interesse pela carreira de ambos, mas principalmente na carreira de quem os treinou.

Seu olhar era sério, mas sua voz resguardava uma acidez que só mesmo a família Otomo poderia providenciar. Logo ela se voltou para os outros:

—A todos os outros, peço vossa presença mais um pouco pois acho que tem muito mais a contribuir. O treinamento tradicional parece ter formado samurais de estirpe superior. Espero que tenham uma bela e boa noite de sono. Que o descanso venha ligeiro e vigorante.

Com estas palavras ela se preparava para se recolher para o quarto.

(Todos podem agir normalmente, se ninguém mais falar com a Otomo ou apenas se despedirem ela vai deitar. Todos ali tem um quarto e a não ser que queiram enfrentar a tempestade, não há como sair).

[Mirumoto Shishio]

Shishio curvou-se profundamente, o semblante imutavelmente sorridente.

Este humilde bushi sente-se grato com a preocupação quanto a meus outros afazeres a ponto de me dispensar, Otomo-sama. Entretanto, receio que minha lealdade a meu senhor, minha família, meu clã e ao Império me proíbam de aceita-la. Ainda há muito que deve ser feito e mal comecei a ajudá-la.

Voltou o corpo lentamente, dessa vez o semblante um pouco diferente. O sorriso, desta vez, tinha sentido, não apenas uma cara de bobo por parte do bushi. Havia fogo no olhar dele, uma determinação que antes parecia tão distante de existir. Em seu íntimo percebera que a situação era mais urgente que seu senhor previra e que havia muito, mas muito mesmo a ser feito.

[Akodo Toshisawa]

                    Cumprimenta longamente a Otomo,  os olhos permaneciam calmos e seguros: -Que otomo-sama tenha um ótimo descanso, espero que tenha uma noite bela como as palavras e sabedoria de Otomo-sama... as palavras gentis.
                     Volta a atenção para os demais samurais, reparando nas falas do Mirumoto o sorriso se esconde brevemente por trás do menpo: "O dragão sempre surpreendendo" o bushi não demonstra qualquer menção de pensamento ou mudança de estado de espírito ante a situação, dizendo com palavras educadas:
                    -A chuva lá fora é estrondosa não, Mirumoto-san? Tenho certeza que Mirumoto-san não conseguirá sair hoje, a mente é como a chuva as vezes se torna uma tempestade e ludibria as palavras, tenho certeza que Mirumoto-san não quis contestar Otomo-sama, certo? Apenas deseja saber se pode ser útil em algo que, as habilidades que Mirumoto-san possui, possam servir a um propósito maior, custei a entender palavras tão enigmáticas mas compreendi, por uns instantes achei que Mirumoto-san estava contestando mas refletindo bem pude ver que apenas deseja saber se pode ajudar de alguma outra maneira estou certo? Talvez mostrando um kata do estilo de Kenjutuso do dragão? Estou curioso pra saber qual o estilo de Kenjutso de Mirumoto-san, e através do Kenjutso conhecemos um bushi, já pode esclarecer muitas coisas para conhecer a família Mirumoto. Porém é uma decisão que não nos cabe, cabe somente a Otomo-sama, decisão está que deve ser respeitada, certo Mirumoto-san?
                     Toma um pouco de chá, mantendo a postura educada, calma, voltando o olhar ao Mirumoto.

[Mirumoto Shishio]

Shosuro-sama foi claro como o dia ensolarado. Entretanto o que ele pede, talvez, seja um pouco diferente do que parece pedir. O senhor pede um kata do estilo de kenjutsu do Dragão. O Niten é o estilo mais praticado no clã e, como faço questão de deixar claro - disse enquanto elevava a manga vazia e dobrada - sou incapaz de praticá-lo. Mas se quiser, posso demonstrar um estilo menos conhecido, de uma espada só.

Olhou para Otomo Motaiko, o sorriso ainda determinado, não se desfazendo nunca. Seus pensamentos trilhando caminho tortuosos e que parecia que apenas um ou dois ali conseguiam acompanhá-lo em suas divagações.

[Fu Leng]

A Otomo permitiu-se parar um instante antes de complementar:

—Mirumoto-san devia ouvir mais com os ouvidos. Pois eu já disse o que tinha para ser dito para o membro do dragão. Shosuro-san é evidentemente um tipo de samurai superior, cuja presença permite que todos alcancem novos potenciais, isto deve ser apreciado. Contudo nem todos merecem tal ajuda. 

Finalmente, agora cumprimenta a todos e se retira.

[Mirumoto Shishio]

Não pareceu incomodado com tal dispensa tão mais contundente. Apenas manteve-se calmo, mantendo-se apenas com o bolinho de arroz que comera antes de Kakita Daiki aceitar o que oferecera. Mantinha uma paz perturbadora, como se as palavras de Otomo não realmente tivessem um impacto grande nele. Guardara para si um "É melhor me manter por perto. Essa criança tola vai precisar", trancando os lábios quando o pensamento lhe veio à cabeça. Sabia que ela poderia acabar com a vida dele, mas sempre lembrava-se de Shinsei nessas horas e deixou-se levar por outra frase, agora sussurrada bem baixo.

Quando comer algo envenenado, não se esqueça de lamber o prato...

[Asahina Tayōkō]

Fuyuko chega a levar os olhos ao Mirumoto brevemente, embora não encare e logo disfarce, o que eram aquelas palavras? Ameaças? A Shugenja perguntaria a respeito mas entre adivinhas e a chuva preferia a chuva pelos próximos momentos.

Ela se volta aos companheiros de mesa, servindo-lhes chá de maneira polida:

-Estou ansiosa para ver o que a arte de Otomo-sama produzira sobre essa reunião. Shosuro-san parece ter feito uma ótima impressão. *ela meneia brevemente para o bushi ao completar-lhe o copo, movendo para o Shiba em seguida* -E Shiba-san também, apesar do breve momento parecer ter escolhido palavras acertadas. Enquanto isso Mirumoto-san e Kakita-san exemplificam a rivalidade entre as famílias de uma forma toda nova, espero que Otomo-sama entenda dessa forma...apenas.

Por fim a Asahina volta a se sentar em seiza, agora olha para a tal telha que o Kakita havia mencionado, já que a Otomo não esta mais exigindo atenção completa.