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Post by Fu Leng on Sept 27, 2013 2:11:33 GMT -5
Teste de atenção de Fuyuko; você consegue perceber, com precisão, os sentimentos que a imperial ousa resguardar. E não só isso, você passa a os interpretar bem. Até o final da conversa, você é capaz de manter um bom relacionamento com a imperial.
Teste de percepção de Daiki; Você não pode olhar ao mesmo tempo para o heimin e para o telhado da casa seguinte, então eu interpretei que você alterna-se entre as duas tarefas, sem realmente focar-se em nenhuma das duas. Enquanto você olha a casa, consegue reparar que, de fato, existe uma parte do telhado que está bem diferente, um pequeno espaço foi mexido algumas vezes, o bushi da garça de forma hábil identifica o problema, uma fresta é aberta de vez em quando ali, para que se forme um posto de observação. Enquanto isso, o comportamento do heimin era errático e nervoso. O homem parecia estar ansioso por agir, ou talvez estivesse escondendo algo.
Enfim, a imperial ouvia as palavras de Kakita Daiki quando este retornava. Quando este pede desculpas, a imperial imediatamente puxa o ar para falar. Asahina Fuyuko já sabia que a imperial iria incorrer na velha armadilha de palavras, na qual o samurai pede perdão por admitir o erro, e usa sua própria palavra para encontrar uma falha. Porém ela se detém, ela nada fala, poupando a face do Kakita por enquanto. Quando o heimin é comentado o olhar de revolta e frustração eram nítidos, a simples ideia de um heimin percebendo algo que um samurai imperial deixaria passar era absurda ao extremo para a jovem. Mais uma vez, era perceptível que ela não aproveitava a oportunidade de criar uma polêmica.
A resposta do bushi não pareceu agradar tão pouco. Seria possível que ela tivesse adquirido alguma birra pelo samurai? Será que ela buscava outra resposta? As dúvidas permaneciam até mesmo para a Shugenja que parecia entender a Otomo tão bem.
A imperial permanecia muda durante um período de tempo prolongado.
Lá fora, a chuva se intensificava. Gotas pesadas das monções eram prenúncio de uma época de chuvas fortes. O heimin Jutaro finalmente afastava-se de todos, sumindo detrás de uma das portas da casa de chá.
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Post by Akodo Shimotori on Sept 27, 2013 7:30:55 GMT -5
O garça ao ver a fresta, mostra a mesma aos companheiros de chá.
Olhem, é uma abertura tão pequena e discreta que somente um grande mestre em sua arte poderia perceber, veja ali, é uma fresta que se forma um posto de observação, definitivamente, alguém tem algum interesse em nosso encontro. E enquanto ao heimin, não sei se ele está preocupado em não conseguir resolver esse problema, ou se ele sabe de mais alguma coisa e mesmo assim, deve medo de admitir isso para um samurai.
Sorve mais um gole de chá, e diz
Afinal, Shinsei nos sugere que qualquer mortal pode ser igual aos Deuses se ele buscou o caminho da iluminação, e o próprio Kakita acreditava na iluminação através de seu empenho no Iaijutsu ou como artesão, então, nada mais justo que um marceneiro perceba as imperfeições na madeira, assim como um duelista consiga ver as imperfeições no seu corte.
faz mais uma pausa e diz:
Assim está escrito no Tao: "Nós contamos contos sobre heróis para nos lembrar que também podemos ser grandes"
ele termina de dizer isso e volta ao chá.
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Post by Asahina Tayōkō on Sept 28, 2013 20:35:36 GMT -5
-O heimin tem armas... de heimin... - A Asahina fala bem baixo, a voz discreta beira a deselegância de um sussurro e ela esconde os lábios e as próprias palavras na beira da xícara de chá.
A Asahina se aquieta por uns instantes, até que as palavras naturalmetne lhe escapam:
-Os mortais podem se iluminar, mas nunca serão iguais aos deuses. - O ponto lhe é sensível, embora ela não pareça discordar das outras palavras do Kakita, pelo contrario, a shugenja meneia positivamente, concordando com a menção que o duelista faz ao tao.
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Post by Mirumoto Shishio on Sept 30, 2013 18:19:00 GMT -5
Foram alguns dias a pé parando poucas vezes, mas compensou. Mirumoto Shishio adentrava a cidade calmamente, o torso meio exposto, demonstrando a tatuagem no peito, em forma de uma onda em meio ao oceano. Sua manga dobrava-se onde estaria o outro braço, anunciando para todos que aquele samurai, apesar de ser do clã patrono do estilo niten, era incapaz de exercê-lo. Estava com os cabelos curtos ainda úmidos do banho que tomara antes, afinal, iria apresentar-se diante de alguém do clã imperial. Não teria um kimono chique, mas estaria limpo e puro. Após caminhar até o local indicado, adentrou à casa de chá.
Saudações àqueles que estão com Otomo Motaiko-sama. Eu sou Mirumoto Shishio e vim aqui a mando de meu senhor para auxiliar em que este humilde bushi puder...
Curvou-se profundamente, a manga do braço ausente pendendo diante dele. Além da tatuagem, ainda eram visíveis pequenas marcas de batalha, cicatrizes diminutas, linhas tênues que marcavam a tez do jovem, nada que comprometesse, na verdade até emprestando alguma robustez ao porte definido, mas de músculos não muito desenvolvidos do jovem.
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Post by Fu Leng on Sept 30, 2013 19:46:24 GMT -5
Dentro da casa de Chá O som da chuva ecoava, interrompido apenas pelo eventual trovão que trazia alguma luz ao entardecer. A tormenta começava a se envigorar, o vento a transformava, pouco-a-pouco em uma grande tempestade. Todos poderiam perceber que passariam a noite ali, pois viajar, mesmo que uma distância curta seria ensopar-se em uma água gelada e ficar a mercê de um vento feroz, um digno convite a uma forte enfermidade. A imperial pesava com cuidado cada palavra ouvida, cumprimentava o membro do dragão com a cabeça e o convidava a sentar-se com a mão. Enfim, calmamente, os sentimentos foram construindo uma enorme pressão dentro do espírito da jovem imperial. Ela parecia não suportar mais, as palavras lhe escapavam como borbulhes de uma ebulição:—Ma-mas... Espere, o-o quê? Hum? É uma "abertura tão pequena e discreta que somente um grande mestre em sua arte poderia perceber?! Agora o heimin é mestre, um dos grandes ainda por cima?! É isso mesmo Kakita-san? E ouso perguntar, agora: "Mestre" em que? Eu sinceramente espero que seja na carpintaria, só pode ser isso, aquele que repara nas goteiras pelo lado de fora de uma casa! O olhar dela se aproximava da Asahina, mas não a encarava. As palavras da shugenja, apesar de breves traziam algum conforto e apaziguavam um pouco a imperial, que aos poucos, parecia recuperar seu bom humor. O fato estava claro, a resposta que Kakita-san tinha dado era simplista e ela a tinha rejeitado por completo. Do rosto à expressão corporal, a moça estava já achando que a conversa do telhado era apenas um bom motivo para bushis fugirem de uma conversa mais aprofundada.—Esta mesma fresta não poderia ter sido feita por motivos muito mais mundanos? Como o andar de um gato, o desgaste natural dos objetos ou até mesmo por alguma ave que ali tenta fazer seu ninho? Talvez possa até ser uma garça que está com a cabeça fora do lugar. Não existem motivos para qualquer perturbação do espírito tirando os dizeres de alguém muito abaixo da nossa escala social. Se alguém aqui está abalado é porque trouxe a perturbação já consigo. Ela banalizava a situação, realmente não estava preocupada com a segurança. Racionalmente ela parecia cada vez melhor, o espírito ameno se manifestava pouco a pouco, conforme a moça dava exemplos possíveis de motivos pela qual seria possível o buraco se formar. Em nenhum momento ela se levanta para de fato ver a fresta. A presença do dragão pouco mudava o comportamento dela.—Mirumoto-san, que bom que veio. Fico satisfeita que possa ter comparecido, minha família muito agradecerá esta presença. Eu estava quase me esquecendo que existem várias formas de vestir, além da adequada. Eu fico satisfeita que tenham enviado alguém que nitidamente tem forte personalidade e espírito independente.
...Enquanto isso, a alguma dezenas de metros dali, na casa em frente... Ele tinha certeza que tinha sido visto, maldito heimin! "Só pode ser Jutaro, aquele filho de uma prostituta doente, bangela e vesga!" O Ronin se retorcia de raiva, mordia a borda da manga, amaldiçoava as fortunas e praguejava sozinho, sem saber o que fazer.—Aquele Kakita é muito esperto! Já deve ter me percebido aqui! Mas não há problema. Desta noite eles não passam. Amaldiçoe o clima, e ele lhe corresponderá com a mesma cara feia. E a minha cara, meu amigo, é muito, muito feia... O plano tem que continuar, e eu não irei fraquejar.Com o por do sol, a sombra havia quadruplicado de tamanho e tomado cada canto e fresta do lugar, abraçava o pescoço do ronin e lambia-lhe a orelha enquanto sussurava:—Agora prepare-se para um grande inimigo. Este é Mirumoto Shishio, alguém que poderá tirar sua vida até antes de amanhecer. Sua postura é robusta e elegante, seu jeito sedutor já plantou a semente do desejo em ambas as samurai-ko, não duvide que uma delas encontre o caminho até o futon do bushi por quaisquer desculpa. Ele exala masculinidade viril, sua pele tem o cheiro de macho chucro, seu olhar um fogo lascivo, elas simplesmente não tem como o resistir... Acho que é capaz que até as duas o procurem ao menor trovão! A sombra sorri:—Está ficando "animado" samurai?O ronin sentiu uma enorme repulsa e afastou a sombra com um espasmo. Agitou os braços e o corpo livrando-se dela:—Que nojo!! Não me diga estas coisas.—Eu sei do que você gosta... Mas agora... foco na parte dois desta missão... E foi assim que o revoltado e confuso ronin olhou para a mochila a seu lado e com as mãos, começou a abrir o pacote que havia trazido consigo.
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Post by Shiba Hansetsu on Sept 30, 2013 21:05:32 GMT -5
Forçava seu olhar e sua audição para os detalhes daquela rua chuvosa, para que, inconscientemente fizesse com que o seu pensar para-se. Cada pingo d’água cair, as pessoas apertarem o passo, e ele ali “armadurado” com as cores vivas de seu clã, andando, calmamente. Gostava da chuva. Sentia-se bem, livre para pensar. Sozinho. As goticulas de água constrastavam com o fervor de sua face, ruborizada de vergonha pelos pensamentos que trazia naquela noite inquieta. Adentrava a casa de chá, encharcado. Não percebia, mas no fundo não ligava mesmo, na atenção que, talvez atraise. Iria se culpar de qualquer jeito. Logo que entrou "acordou" dos próprios pensamentos. Torceu as mangas de seu longo kimono. Inutilmente. Soltou um suspiro de descontentamento e tornou a caminhar em direção aos convidados, em especial a Imperial.
- Boa noite a todos. Dizia fazendo uma reverencia para cada. - Me chamo Shiba Hansetsu, venho até aqui para representar meu clã. Tentou ao maximo disfarçar, soltou um sorriso um tanto desajeitado, pois;
Ao olhar para a jovem Imperial, lembrou, que, no fundo, se achava azarado por ter sido escolhido para fazer aquela missão.
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Post by Akodo Shimotori on Sept 30, 2013 22:04:04 GMT -5
O Kakita parece não se ofender com as palavras da Otomo, para falar a verdade, as palavras parecem tê-lo divertido, já que esboçou um pequeno sorriso de canto de boca ao tomar mais um gole de chá. Ao afastar a chávena começa a dizer.
Como dizia, todos a que se dedicam a execução perfeita de uma tarefa, em algum momento alcançam maestria em sua arte, e existem vários níveis de arte, a arte da retórica cabe aos samurais, mas o plantio do arroz deixou de ser uma arte por não ser executada por samurais? Sem a qual talvez não fôssemos um povo rico? Ou a pescaria que nos alimenta, não é um tipo de arte? Os pescadores tem pleno conhecimento das horas em que devem sair para o mar, e olhos que conseguem ver onde os peixes estão, coisa que acredito, muitos samurais não fazem ideia de como proceder, para conseguir um peixe. Um heimin nunca se igualará a um samurai no uso da katana, e afirmo que as vezes nem os próprios samurais estão no mesmo patamar na arte da espada, assim como um samurai nunca irá entender os meandros da arte da carpintaria, exatamente por ela não fazer parte do nosso mundo. Shinsei não veio nos mostrar como somos pequenos diante do todo? E como disse anteriormente, nós samurais, devemos agir de acordo com o bushido, devo proteger todos os que não tem capacidade ou força para se defenderem sozinhos, isso é Compaixão, que vai muito além do simples ato de proteger fisicamente, mas também espiritualmente, eles estão em uma posição mais abaixo na roda das Fortunas, no caso dos Heimins. Além disso, fiz algo, mesmo correndo o risco de desagradar vossa senhoria, exatamente para ajudar a proteger, não só sua integridade, mas a integridade de Asahina Fuyuko san, e dos outros frequentadores dessa casa de chá, isso é uma das muitas formas em que a Coragem pode ser expressa, não só por estar pronto a morrer por meu Daimyo, ou pelo Ente Celestial. Escutar o que um heimin tem a falar, já que indubitavelmente somos seus protetores, não passa de uma atitude de Cortesia, da mesma forma como os kamis nos atendem quando precisamos de sua ajuda, afinal, não seria essa a distância de um samurai para um kami, exatamente a distância de uma samurai para um heimin? Um samurai deve estar disposto a enfrentar várias situações, como humilhações, desonra, vergonha, fracasso e até mesmo a morte para cumprir seu Dever, então, seria mais do que esperado que eu fizesse o que fiz para cumprir meu dever como guardião e protetor daqueles que não podem se defender, sejam heimins, shugenjas que não teriam muito tempo de pedir ajuda aos kamis, ou cortesãos que não possuem habilidades para evitar espadas. Por outro conceito que consta no bushido, não vejo problemas ao falar disso, a Honestidade, deve ser seguida, e não dançada a volta. Acredito nisso tudo tão piamente, que não vejo motivos para que meus ideias firam a minha, ou a Honra de pessoas que me cercam. Acho que as minhas palavras são pesadas pela Sinceridade, expressa pelas minhas ações de bem estar de todos que me cercam, acredito também que se mais pessoas aderissem as sete virtudes do bushido, teríamos muitos outros anos de paz.
Sorve mais um gole de chá, e complementa.
Mas essas são apenas as ideias de um simples bushi, que divide seu tempo entre a arte da guerra, e os tomos de teologia e filosofia, talvez opiniões que não devem contar para muita coisa.
Toma mais um gole do chá, e logo após cumprimenta o bushi recém chegado do dragão, oferecendo-lhe um breve sorriso.
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Post by Akodo Toshisawa on Sept 30, 2013 22:20:41 GMT -5
Com passos calmos, sem se importar com a chuva Shosuro anda em busca da casa de chá, os olhos atentos por trás da máscara parecem olhar reto, um olhar ao horizonte, mas que são atenciosos a tudo que o cerca, o silêncio em seus passos quase inaudíveis na chuva, sendo ao longe apenas uma silhueta negra em meio a tempestade. A postura firme, junto aos passos calmos deixavam uma ar de mistério em meio a chuva, de fato não era perceptível qualquer pensamento do jovem bushi. Ao se aproximar da casa de chá sacudiu o guarda chuva ainda do lado de fora, ajeitou o mempo em seu rosto, e entrou, a postura elegante,firme e educada do jovem bushi vieram acompanhadas de um cumprimento, curvou-se brevemente aos demais samurais presentes, e mais longamente a Otomo, se apresentando em uma voz firme porém educada e agradável: -Boa noite samurais-samas, Otomo-sama, sou Shosuro Kouga, filho de Shosuro Saitou-sama, instrutor da Bitter lies dojo, e Shosuro Akane, renomada atriz de ryoko owari, vim representar o clã escorpião, atendendo o pedido de Otomo-Sama. Manteve-se curvado até ouvir a resposta da Otomo, aguardando o convite para juntar-se ao grupo.
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Post by Asahina Tayōkō on Oct 1, 2013 2:02:17 GMT -5
Asahina continua relativamente silenciosa. Ela se curva cumprimentando o Mirumoto, falando depois da Otomo apenas.
-Bem vindo, Mirumoto-san, espero que tenha feito boa viagem. Por favor, sente-se. - Ela não deixa de notar que parece haver algo errado com esse bushi, mas felizmente sua atenção logo é atraida para o bushi do Fênix, que adentra a casa de chá todo molhado da chuva que cai lá fora. Ela sorri de forma sutil, a situação traz um pouco da sua simpatia para o Shiba que se apresenta, ela se curva cumprimentando-o:
-Bem vindo, Shiba-san. - E então se apresenta para ambos: -Eu sou Asahina Fuyuko e esta é Otomo Motaiko-sama, escritora de famosos poemas e é bastante renomada em Koutetsukan.
Ela tem vontade de mandar prepararem um banho para o Shiba mas essas não são as terras da Garça, espera reparando se a Otomo faz algo. Ao voltar a atenção aos seus companheiros de mesa ouve as longas palavras do Kakita. Parece que pretendia comentar algo, mas agora é o Escorpião que se aproxima. A principio o escorpião lhe causa algum receio, embora ela se acalme ao notar que se trata de um bushi e não um cortesão. Novamente ela cumprimenta outro recém chegado.
-Bem-vindo, Shosuro-san, por favor, junte-se a nós. Que agradável ter a representação do Escorpião e do Fênix. Eu sou Asahina Fuyuko, essa é Otomo Motaiko-sama, renomada poetiza.
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Post by Mirumoto Shishio on Oct 1, 2013 6:46:11 GMT -5
Dedicara apenas um sutil sorriso, sem demonstrar satisfação ou ironia, apenas um simples sorriso, para Otomo-sama após o comentário sobre sua vestimenta e sentou-se com as pernas cruzadas, não em seiza. Retirou a katana trabalhada da cinta, evidenciando o contraste com a wakizashi de cabo simplório, feito para durar, sem estética, outro dos vários simbolismos que carregava consigo e a colocou com o pomo da espada voltado para longe dos samurai, lembrando sempre da boa etiqueta. Podia ser ascético, não valorizar as posses e vestir-se simples. Só não era tolo de esquecer que era samurai e tinha que se comportar como tal. Cumprimentou profundamente os outros que chegaram, retomando a postura.
Cace uma borboleta, Otomo-sama, e tenha ciência que ela nunca pousará em seu ombro...
Falava como que do nada, apenas ouvindo as palavras dos outros, sereno. Ajeitou o kimono que lhe cobria o lado desprovido de um braço, propositadamente mantendo o lado do braço exposto. Aparentemente não pedira chá e parecia tranquilo com aquilo.
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Post by Akodo Toshisawa on Oct 1, 2013 13:11:35 GMT -5
Curva-se longamente a Asahina, agradecendo o convite, o olhar embora discreto não deixa de notar todos no grupo que em primeiro momento tenta desvendar e analisar os samurais, em especial observa o Mirumoto e um leve sorriso se forma por trás da máscara ao ouvir seus dizeres..." Dragões sempre enigmáticos, ascetas,previsíveis..." retornando o cumprimento ao Mirumoto, aceita o convite de Asahina a agradecendo: -Obrigado Asahina-San, fortuita a presença de tão estimados clãs e samurais-samas aqui, espero ter a oportunidade de ouvir um dos poemas de Otomo-sama, tenho certeza que é como ouvir o doce canto da primavera, porém prossigam, não pretendo interromper a conversa que Otomo-sama e os samurais-samas estavam tendo... Reserva-se ao silêncio, apenas ouvindo e analisando a situação sempre de maneira educada e gentil.
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Post by Fu Leng on Oct 1, 2013 23:05:10 GMT -5
Com um gesto delicado, de extrema paciência, a jovem imperial cumprimenta impecavelmente aqueles que chegam. Ela novamente convida-os todos para que se sentem de maneira confortável a mesa que já começa a ficar pequena. O bom-humor dela parece tentar recobrar o fôlego conforme os outros samurais ali chegam.
—Bem vindo, Shiba-san. Fico extremamente satisfeita com vossa presença. Saiba que sua vinda não será em vão. Shosuro-san, vossa reputação o precede, fico satisfeita que tenha chego bem e em segurança; sua prima, Shosuro Fuurin-san é alguém que eu desejo muito conhecer. Sua família é realmente renomada, Shosuro-san.
O olhar dela se dirige aos membros de azul da mesa, por enquanto:
—Kakita-san realmente, sou obrigada a concordar com Kakita-san quando disse que não entende mesmo de poesia e retórica. Caso suas dúvidas sejam reais, não, plantar arroz não é nem nunca foi uma "arte". Tente lembrar quantas vezes Kakita-san viu alguém dizer "Nossa, mas que arroz mais bem plantado!" ou "Olhem, este arroz representa que a dor da morte é inferior a dor da saudade", imagine isso sendo dito na escola de artistas Kakita... Por último, mesmo que não queira, sou novamente obrigada a concordar com a última frase de Kakita-san, suas opiniões não valem muita coisa.
Ela quase revira os olhos, pasma com o que ouviu, mas se controla por respeito a Asahina. Ela finalmente desvia o rosto para os recém chegados e, inflando o peito, recobra uma postura mais amena.
—Aos que recém chegaram, quero informar que recebi a incumbência de criar uma obra para o aniversário de nosso imperador, algo que embora não possa elevar a grandeza de nossa nação, pode talvez, se as fortunas deixarem, manifestar um pouco da maravilha de nosso povo. Eu penso que a arte pode nos fazer isso, fazer uma ponte entre a vida cotidiana, morosa e as vezes repetitiva e um mundo maravilhoso e divino, onde vive o prazer, o sonhar e o desejo do bem.
Ao ouvir a sugestão de Mirumoto, ela pondera antes de continuar.
—Tirando Kakita-san, a quem já expressou suas humildes opiniões, peço à gentileza de me sugerir algumas coisas para que eu possa, finamente decidir meu tema? Seria pedir demais? Eu gostaria que se pudessem, se fosse adequado, que me dissessem quais as virtudes essenciais de cada família. Eu sei, parece extenso, mas eu penso em criar paralelos, pontes entre as famílias. Laços por assim dizer, entre as similaridades. Pois, percebendo-nos iguais, que defendemos as mesmíssimas coisas, notamos que somos na realidade um só. Eu gostaria que ajudassem nisso... Alguém tem alguma sugestão de famílias equivalentes?
Enquanto isso, o ronin que continuava espiando tenta afastar a imagem do dragão da mente. Ao ver o Shiba adentrar o lugar, novamente a voz da sombra fala-lhe junto do ouvido.
—Mas este é Shiba Hansetsu, este dizem, é herdeiro de uma linhagem muito boa com o uso das cartas. A informação vem fina a respeito dele, sua conexão com reino divino é muito forte. Seu espírito está saturado de paz e comedimento!! Eu preciso me recuperar.
Mais uma vez o ronin parecia confuso, "cartas" do que a sombra estava falando desta vez? Seriam correspondências? Seria possível alguém ter uma linhagem "boa em correspondências?" isso não parecia razoável! Mas antes que qualquer pergunta pudesse ser feita, a sombra se anima mais uma vez.
—Espere... Me deixe recuperar! Eu sinto algo... Algo diferente.
A distância a sinistra dupla passa a observar o escorpião entrando na casa de chá:
—Quem ali adentra é... é... Kouga? O meu Kouga? Eu volto logo...
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Post by Mirumoto Shishio on Oct 2, 2013 8:21:10 GMT -5
Shishio mantinha o sorriso, sereno, sem sarcasmo, sem diversão. Apenas aquele mesmo sorriso que dera antes.
Otomo-sama, as respostas do clã do Dragão já foram dadas quanto à sua requisição.
Calmamente, após as palavras, virou-se para Kakita Daiki, atento a qualquer dado que pudesse identificar a família dele.
Garça-sama, uma vez Hantei perguntou a Shinsei: "Onde encontrarei uma sabedoria como a tua?"
Deixara a pergunta no ar, como que para que ele completasse. Mantinha-se sereno, calmo e sorridente.
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Post by Akodo Toshisawa on Oct 2, 2013 10:08:01 GMT -5
Agradece a cortesia de Otomo com um cumprimento educado, senta-se onde lhe é indicado, a postura sempre elegante, impecável até para se sentar. Mostra-se interessado nas palavras de Otomo prestando atenção na mesma com polidez, mas sem deixar de observar o que ocorre em volta. No momento adequado, quando Otomo oferece a chance de falar, diz em voz calma educada: -Agradeço Otomo-sama, e será uma grande alegria receber Otomo-sama em Ryoko Owari, uma grande satisfação para nossa familia, espero ter a oportunidade de mostrar a hospitalidade do Escorpião. Faz um breve cumprimento a Otomo e logo retoma o pensamento: -Quanto a requisição de Otomo-sama, vejamos os grandes clãs por um momento, a garça em seu esplendor artístico, o Leão em seu esplendor militar, o unicórnio com sua esplendida cavalaria, o caranguejo e sua força, a fênix em sua bela sabedoria, o dragão e sua espiritualidade...cada um com sua beleza e entre eles diferenças que se completam e o tornam um, o que une e fortalece o império são as diferenças que os clãs tem, que completam os espaços deixados pelos outros, qual seria a beleza em tudo ser apenas algo militar? Ou como iriamos nos defender se tivéssemos só a arte ? Há uma beleza que talvez passe imperceptível aos nossos olhos no cotidiano, a beleza da dedicação, do dever, a beleza que há no esforço de cada clã, cada família ao dar seu melhor pelo império, a beleza que faz clãs distintos, famílias distintas poder cooperar e se tornar um por um bem comum, pela grandeza de algo maior, e tão belo quanto nosso império. Talvez Otomo-sama deveria escrever sobre a beleza que há nas diferenças se completarem: "O dever em voz alta exclamamos, onde há única opção é vencer, pois pelo império, mesmo diferentes, juntos lutamos". Mas está é só a opinião deste escorpião, Otomo-sama. Faz um breve cumprimento ao terminar sua fala.
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Post by Akodo Shimotori on Oct 2, 2013 14:05:22 GMT -5
O Kakita dá um sorriso ao ouvir a pergunta do samurai do Dragão, e diz
Diria que a sabedoria está nas mãos daqueles que podem ver a beleza de uma flor, ficar feliz com o sorriso de uma criança, ajudar aos outros sem pensar em retribuição. A sabedoria, é uma riqueza que nem sempre traz riquezas físicas, mas riquezas espirituais, pois somente um homem bom e generoso pode ter fiéis amigos e ter o rei dos céu.
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