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Post by Akodo Shimotori on Oct 5, 2013 19:23:56 GMT -5
O kakita ouve a tudo e continua a conversa sobre manejo de espadas:
a arte da esgrima, em muitos pontos similar a arte da caligrafia, não espero que todos me entendam de imediato, mas todos que são treinados em ambas as artes, conseguem perceber bem suas similaridades, mas em ambas as artes, o segredo para ser bem sucedido está escondido no pulso.
Para para respirar um pouco
Acho que meus companheiros bushis concordam, mas mais uma vez, na arte da esgrima, alguns são insuperáveis, exatamente por treinarem bem seus pulsos.
Pega mais um pouco de chá.
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Post by Akodo Toshisawa on Oct 5, 2013 23:00:19 GMT -5
Cumprimenta brevemente a Asahina em agradecimento ao chá e as palavras, toma um pouco levantando um pouco o menpo, mas sempre de maneira que seu rosto não seja visto, então diz em um tom educado para asahina: -Asahina-san acha? Não fiz mais do que me foi pedido Asahina-san, tenho certeza que em algum momento, todos os samurai-samas aqui presentes agradaram Otomo-sama de alguma maneira, de fato aguardo pelo resultado que será proporcionado pelo encontro dos samurais-samas...quanto a Mirumoto-san.. Olha o Mirumoto com um olhar mais sério, porém a voz ainda educada : -Mirumoto-san devia tomar cuidado com o que diz, provar as palavras para ter certeza de que são agradáveis, e que soarão como devem soar, Mirumoto-san leva o nome da família consigo, embora a peculiaridade que provavelmente há no estilo de kenjutso de Mirumoto-san, que espero ter a oportunidade de ver, ainda sim é da família Mirumoto deve zelar por tão honorável nome... Toma mais um pouco de chá antes de responder ao kakita: -Tenho certeza que vária da arte Kakita-san, não são todos os bushis ou estilos que empunham a espada com delicadeza, porém é certo que movimentos sutis e um pulso firme podem fazer a diferença de um estilo para outro, mas claro que Kakita-san sabe disso, descende de uma grande família de duelistas estou certo kakita-san? O estilo da escola Kakita é um estilo que eu também gostaria muito de ver em momento apropriado. Volta a expressão calma, tomando chá, reparando sutilmente no local. -Noite chuvosa não, Samurai-samas?
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Post by Mirumoto Shishio on Oct 6, 2013 6:36:08 GMT -5
Shosuro-sama se preocupa por demais com este humilde bushi e ele se sente grato. No entanto, eu atingi meu primeiro objetivo e, confesso, o resultado faz com que eu peça que ele se preocupe mais com Otomo-sama do que comigo.
Virou-se para Asahina Fuyuko e, em silêncio, virou-se para Kakita Daiki e mordeu mais um bolinho de arroz.
Está uma chuva ótima para se meditar.
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Post by Akodo Toshisawa on Oct 6, 2013 11:28:31 GMT -5
Solta um breve sorriso ao ouvir as palavras do Mirumoto, e responde em voz educada, calma: -Em qual momento Mirumoto-san achou que eu estivesse preocupado com Mirumoto-san? Ao meu ver me preocupei suficiente com Otomo-sama, Mirumoto-san conseguiu faze-lo? Tenho certeza que Mirumoto-san tem uma sabedoria incompreendida, obrigado por me lembrar dos meus afazeres dos quais já cuido Mirumoto-san, cuidado com o prato que lambe, pode não gostar do sabor. Um bushi que pensa como espada sempre será somente isso, uma espada, a espada se não for tratada como uma extensão de nosso corpo, nossa alma, enferruja, enferrujando também a alma, porém alguns bushis pensam somente como uma espada, sempre prontos a cortar, a visão fechada não pode ver outro caminho, não pode ver que há muito mais em ser um bushi, qual tipo de bushi Mirumoto-san é? O dragão tem bastante tempo pra refletir, pensar, meditar, espero que Mirumoto-san possa compartilhar a sabedoria adquirida com este bushi, qual tipo de bushi eu sou, Mirumoto-san? Me falta tempo para meditar e refletir, espero que Mirumoto-san possa me ajudar nisso, outros afazeres tomam muito meu tempo. Cumprimenta brevemente o Mirumoto ao terminar de falar, e repara na chuva lá fora.
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Post by Mirumoto Shishio on Oct 7, 2013 8:45:20 GMT -5
Um largo sorriso de satisfação apareceu no rosto de Shishio ao ouvir as palavras de Kouga. Ajeitou calmamente o kimono que insistia em escorregar pelo ombro sem braço.
Este humilde samurai se sente honrado com vossas palavras, Shosuro-san.
Relaxou a face e passou calmo a mão no coto onde estaria seu braço, massageando o local. Sempre sentia algo esquisito naquela cicatriz quando o tempo mudava, uma lembrança de uma queimadura distante, pouco mais de uma década atrás.
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Post by Shiba Hansetsu on Oct 7, 2013 18:07:39 GMT -5
O jovem bushi passava pelo ambiente, voltando de seus aposentos. A cada passo que dava ouvia de fundo a conversa, que para ele naquele momento, não dizia nada. Eram apenas vozes ao fundo. Suas vestes anteriores estavam molhadas, então ele estava trajado com roupas que conseguiu com o servente, que apesar ter se esforçado para lhe dar o melhor , no final, ficou parecendo um Heimin. Com uma diferença enorme: Por cima de tudo, usava sua úmida armadura leve com o símbolo da Fênix. Respondeu com um sinal positivo e um sorriso ao ser convidado a voltar para a mesa. Seus cabelos estavam molhados e sua pele ainda sentia o gosto da água quente, e mas uma vez ele fora desperto de seus pensamentos ao ouvir uma voz mencionar sua família.
- Obrigado,..... Asahina-san. - Respondeu ela sem acreditar muito, e deixou o olhar escapar para a mesma direção que ela observava.
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Post by Asahina Tayōkō on Oct 8, 2013 12:56:25 GMT -5
Asahina ouve a conversa em silencio, notando que o Dragão não chegou, de fato, a responder as perguntas do Escorpião.. talvez tenha sido sua decisão mais sabia até o momento.
Quando o Shiba volta à mesa ela retoma a conversa convidando o Fênix a participar:
-Bem vindo de volta, Shiba-san. Otomo-sama já recolheu-se, uma mente descansada favorece a fluidez das palavras, eu suponho. Creio que estejamos, genericamente, falando sobre os 'tipos' de bushis.
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Post by Akodo Shimotori on Oct 8, 2013 16:21:10 GMT -5
Ou de como alguns se valem de sua posição social para ignorar até mesmo os aspectos mais simples da vida, como por exemplo, o voo das andorinhas, ou mesmo como o ciclo do arroz pode representar a efemeridade da vida dos samurais...
diz o bushi, ainda se preocupando com seus pequenos afazeres e troca de ideias com o dragão.
Acredito que quando estamos em local muito alto, temos uma boa visão da floresta, mas perdemos as características principais que diferenciam as árvores, ou mesmo os ninhos dos pássaros.
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Post by Akodo Toshisawa on Oct 9, 2013 9:43:30 GMT -5
Cumprimenta o dragão após ouvir suas palavras, e o Shiba assim que retorna: -Como Shiba-san se sente? repara no bushi vestido de heimin mas ignora o fato quando ouve as palavras do kakita, cumprimenta o Kakita satisfeito com as palavras da garça, dizendo em um tom educado: -Estou aprendendo muito com os samurai-samas, Kakita-san é do samurai "tipo" arroz? Kakita-san acaba de me dar um grande exemplo de humildade, realmente esta reunião traz grandes surpresas, não achava que os samurais da Garça tinham a efemeridade do ciclo do arroz. É fortuito ver como os samurai-samas possuem tempo para admirar andorinhas, meditar, realmente fascinante, tenho certeza que ver o plantio de arroz da a Kakita-san uma grande sabedoria, uma perfeição na arte de Kakita-san, afinal todos nós deveríamos observar a colheita de arroz, parece, ao ouvir as palavras de Kakita-san, uma justificativa válida para deixar de lado por um momento o dever que a posição social pode impor, afinal comparar a efemeridade do ciclo de arroz com a vida dos samurais deve valer qualquer consequência futura, não acha Kakita-san? Cumprimenta o Kakita de maneira educada ao terminar de falar, sempre educado e cortês.
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Post by Asahina Tayōkō on Oct 9, 2013 13:28:58 GMT -5
As palavras do Escorpião quase a envergonham, pelas fortunas, sorte não terem sido dirigidas a ela. Um duelista Kakita comparado ao mais comum arroz... Ainda assim, o assunto já esta posto e mostra-se inevitável:
-Um bom samurai não é efemero, contam-se histórias sobre ele e seus feitos inspiram os descendentes e orgulham os ancestrais. Não importa quão curta seja a vida, ecoar pela eternidade não toma mais que um momento. E as vezes esse momento é tudo que deve ser vivido.
Ela olha os bolinhos: -Já o arroz... Kakita-san se preocupa com o ciclo do arroz? Kakita-san acha que tudo tem que ser meticulosamente analisado, de perto? Curiosamente isso me lembrou o Dragão, suas meditações e mistérios, mais especificamente a família Kitsuki, me parece que eles mantem essa atenção detalhista aos aspectos mundanos em suas investigações, quem sabe não seria um casamento fortuito. A corte de inverno se aproxima, é um bom tempo para arranjos e alianças. Não acha, Mirumoto-san?
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Post by Akodo Shimotori on Oct 9, 2013 18:08:05 GMT -5
O Kakita dá um sorriso, e diz.
sim, e efemeridade do Arroz, pode servir como analogia a todos nós, vejam bem, o arroz vivo, tem grande potencial depois de colhido, ele pode virar vinho, ou pode ser cozido, mas a real função do arroz, se dá com a morte, quando ele é enterrado, nesse momento ele cresce e se reproduz. Da mesma forma, é a vida de um samurai, enquanto vivo, existem muitas vertentes de potencial, ser um artista, um filosofo, um duelista, mas somente com a morte, em defesa de seu senhor, é que começa o real significado da vida de um samurai. Todos que são incapazes de ver isso, não podem se considerar verdadeiramente aptos a servir seu senhor.
Sorve mais um pouco do chá.
O que o amigo Mirumoto-san acha?
Pergunta ao Dragão.
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Post by Akodo Toshisawa on Oct 9, 2013 21:58:31 GMT -5
Se ajeita no seizan chamando o heimin: -Sake por favor! Termina de ouvir o kakita falar, o sorriso escondido pelo mempo, as palavras do Kakita soaram como música pro escorpião, que esperou o Sake chegar então ofereceu aos samurais: -Os samurais-samas desejam Sake? Ja estendendo as mãos para servir os samurais: -Noites como esta tornam o sake saboroso...então - continuou em voz calma e educada - Kakita-san é um samurai arroz? Vejo certeza nas palavras de kakita-san, mas Kakita-san tem está certeza de falar por mim? Pude notar tanta convicção ao comparar todos os samurais com arroz, mas não me vejo como arroz Kakita-san, tenho certeza que muitos samurais-samas do império não o fazem, então não sou apto a servir? Não vejo o porque me comparar ao ciclo do arroz, assim como não vejo o que isso difere no dever, enquanto Kakita-san admira o ciclo do arroz samurais servem ao império, isso faz esses samurai-samas menos dignos de servir do que Kakita-san? Tenho certeza que Kakita-san poderá servir seu senhor depois de morto, poderá defender caso precise não é? Para mim, Kakita-san, o valor de um bushi é servir seu senhor como pode, servir com lealdade, como um samurai morto pode ser leal? Como um samurai morto pode servir Kakita-san? Toma um gole de sake após servir todos que aceitaram, cumprimentando todos os samurais da mesa: -Esse sake já foi arroz kakita-san, os que o tomam, ou os que estão aqui presentes são samurais. Kakita-san conhece o ciclo do arroz que fez esse sake, sua efemeridade, isso faz de Kakita-san mais apto a servir do que os samurais-samas aqui presentes?
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Post by Shiba Hansetsu on Oct 10, 2013 0:53:43 GMT -5
Assentiu com a cabeça e soltou um sorriso para Asahina, em forma de agradecimento.
- Me sinto bem, Shosuro-san. - Respondeu e após uma breve pausa:
- Deixe-me perguntar, - Ainda se dirigia ao escorpião; - Todos nós servimos ao império. O império é a razão de tudo. E, mesmo que de uma maneira singela; se comparado aos grandes heróis e antepassados, nós fazemos parte do império, certo?
Olhava para os olhos da mascara e se sentia desconfortável. Mechia levemente sua xícara de chá, fazendo o liquido se mexer de um lado para o outro.
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Post by Mirumoto Shishio on Oct 10, 2013 6:38:46 GMT -5
Olhou para Asahina, terminando de engolir o segundo bolinho de arroz que mastigava pacientemente. Olhou bem rapidamente para Shosuro assim que ele terninou, voltando a Asahina, que lhe perguntara primeiro.
Asahina-sama detém razão. Alianças são sempre bem vindas, ainda mais quando tal evento se aproxima.
Virou-se para Kakita Daiki após.
A vida de todo ser humano é efêmera se comparada à eternidade do Império. Outro fato, com o qual creio que Shiba-sama concorde é: Tudo é um ciclo. Nossas almas vivem um ciclo. Cada vida é um passo rumo a outro. Porém Shosuro também detém razão, uma vez que cada passo determina como o outro será dado. Viva a vida intensamente, seja o melhor que pode, sirva a teu senhor se for samurai, seja leal aos teus se for um daimyo e, quem sabe, seu próximo passo será em Tengoku ou em Yomi.
Respirou bem fundo, e logo pegou outro bolinho, não o comendo.
O arroz vive esse mesmo ciclo. Cada ramo, único. Cada safra, servindo para um propósito. Assim somos nós. Cortesões, bushi, shugenja, artesões. Bolinhos de arroz, palha, papel, sake. Efêmeros em sua própria essência, mas úteis ao mundo mesmo assim, cada um ao seu modo.
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Post by Akodo Shimotori on Oct 10, 2013 6:50:41 GMT -5
Os olhos do Kakita brilham com a resposta do escorpião, como se ele houvesse dado o pretexto que ele tanto esperava.
Se não entende o que eu falo, posso demonstrar na prática, escreverei ao meu senhor pedindo por um duelo, e depois do duelo feito terás cumprido seu potencial e servido ao seu senhor.
Ele dá um sorriso, com um olhar feroz dirigido ao escorpião.
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