[RP] Noticias com o vento

[Moto Kai Hwan Ji]

- Este sagaz aqui se chama Sango.

Com um gesto afável levo as mãos até embaixo de seu queixo, coçando-o.

- Diga olá a Ide-San, Sango. Não tenha vergonha.

Balanço a cabeça em positivo ao ouvir sobre o arco.

- Eu não saberia responder, uma vez que sou menos ainda versado nas artes do Kyujutsu. O dojo no qual fui treinado enfatizou a mobilidade com armaduras e o uso de armas pesada. Mas seu questionamento faz sentido. Talvez esta seja uma pergunta a ser feita a um Kaiu... afinal, são os únicos que, ouço falar, forjam armas de Jade para seus companheiros nas terras sombrias. E mesmo assim, usam Jade em praticidade a sua Solidez. Lâminas de uma Katana, a cabeça de um Ono ou um Dai-Tsuchi ou pequenos pedaços como rebites de um Tetsubo. Já ouvi falar até de um Feitiço Kuni para conjurar um tetsubo inteiro, feito de jade, apenas colocando a mão na terra e a levantando.

E permaneço pensativo.

- Talvez o Arco seja uma Nemuranai. Um artefato... aguardando aquele que saiba despertar suas reais habilidades. Veja os Matsu, que possuem uma armadura Nemuranai completamente dourada. Mas ostentada por qualquer pessoa, ela é apenas uma armadura comum. Rezam as lendas que, se aquele que vesti-la possuir uma honra inquestionável e inabalável, ela brilhará tão nítida e ofuscante quanto os primeiros raios de sol. E então qualquer pessoa ou criatura sem honra será repelida pelo medo refletido em seu brilho.

Minha expressão é serena e um pouco distante, semelhante a alguém tendo boas lembranças.


- Talvez seja este o caso. As coisas que possuem o toque das fortunas simplesmente não precisa de explicação para funcionar.

[Ide Yasmim]

-É uma história fascinante Moto Kai Hwan Ji-san e se for esse o caso presenciar o arco sendo usado deve ser uma honra e privilégio a qualquer um.

Ela escuta o relato interessada e olha para o moto curiosa:

-O senhor pretendia dar uma volta Moto-san?

[Moto Kai Hwan Ji]

- Um privilégio? Bem...
 
E sorrio de leve.

- Uma arma de Jade deve ser de fato uma obra de arte, mas geralmente é confeccionada para lidar com criaturas das terras sombrias ou que carregam sua mácula. Sua função é tão séria que as vezes parece errado pensar nela como uma obra para ser apreciada, ou tratada como algum item colecionável. Por isso creio que ela deveria ser cedida àqueles que mais correm perigo com a influência sombria. O Caranguejo seria a opção mais clara. Ou para o clã do dragão, que eventualmente lida com Monstros nas montanhas ou até mesmo para nós... Ele seria muito bem utilizado por aqueles que patrulham Shinomem Mori, ao sul daqui.

Na troca de olhares, assenti com a cabeça em uma expressão serena enquanto volto a afagar a crina de Sango.

- Na verdade, ainda pretendo, Ide-San. Se não houver coisas mais importantes para se ocupar, creio que Sango adoraria uma companhia para uma corrida divertida pelas estepes. E eu também...

[Ide Yasmim]

-Independente do uso específico da arma, não vejo porque quem a usasse não devesse se sentir honrado, afinal não é qualquer samurai que tem uma em suas posses. Penso que nenhuma arma deva ser usada levianamente no fim das contas, seria um insulto a quem a forjou e ao seu proposito de proteger aqueles que não conseguem.

Ela termina sorrindo e monta em seu cavalo:

-Eu adoraria lhe acompanhar metade do caminho Moto Kai Hwan Ji-san, mas um passeio maior receio que ficaria para outra hora, tenho um destino traçado.

Ela faz um gesto apontando na direção do portão e antes deles saírem ela se dirige ao servo- Por favor avise a Horiuchi Yoko que eu saí para fazer uma visita.Vamos?- ela volta a perguntar ao Moto.

[Moto Kai Hwan Ji]

- Qualquer tempo em sua companhia já me será um privilégio Ide-San

E com um gesto subo em Sango, esperando que comece a partir com seu cavalo para acenar com a cabeça e ir logo em seguida.

- Sim, eu concordo plenamente. Talvez por isso o responsável por organizar este torneio, Seppun-Sama, sujeite a candidatura do competidor a sua explicação do porquê deseja ter o arco. Creio que o uso leviano de uma arma é uma coisa em aberto, no fim das contas.

Uma última olhada naquelas belas propriedades Ide enquanto faço Sango cavalgar serenamente em direção a saida.

- Claro que a proteção daqueles que não podem se defender é uma diretriz clara e imutável. Mas enquanto alguns só encostam em suas armas para matar e apenas o fazem mediante meditações, orações e oferendas para que nela seja desperta seu espirito guerreiro, outros as consideram uma arte a ser posta em prática sempre que possível. As vezes, os adeptos de uma dessas filosofias enxerga a outra como um insulto. Mas, bem, nosso império é conservador ao extremo por natureza, nós mesmos sofremos, por muitos anos, devido a isso.

[Ide Yasmim]

Ela apenas meneia com a cabeça enquanto começam a cavalgar para fora dos portões:
- Nós devemos proteger aqueles que não o podem faze-lo seja com palavras ou com a espada, matar por vaidade deveria ser motivo de vergonha para qualquer um, não o contrario Moto-san,mas não gostaria de direcionar essa conversa as deturpações movidas por egoísmo mundano de alguns samurais, vamos nos focar em coisas boas para termos animo em fazer o nosso melhor.
Ela sorri se animando e aumenta a velocidade sentindo o vento e a sensação de liberdade que a cavalgada traz- Afinal quando o inverno chegar cavalgar se tornará difícil, Moto-san- ela diz mais alto para se fazer ouvir olhando para traz.

[Moto Kai Hwan Ji]

- Mas é claro.

Fiz Sango acelerar sua cavalgada.

- Tem toda razão. Sango precisa se divertir enquanto ainda pode. Vamos, garoto. Vamos!

E o fiz até que ele se pusesse a correr rapidamente, colocando a cabeça para frente, numa descotnraida tenativa de ultrapassá-la.

[Ide Yasmim]

Ela cavalga por um tempo com o Moto em direção ao seu destino depois ela para e se despede dele:
- Obrigado pela cavalgada Moto Kai Hwan Ji-san, infelizmente agora eu tenho que seguir para outra direção e ir atras dos meus deveres.

Ela se curva e segue seu caminho em direção a casa de seu sensei, não era do feitio dela visitar alguem sem uma mensagem antecipada mas não era todo dia em que tudo aquilo acontecia e a partir de hoje ela teria muito o que estudar e se preparar para a corte de inverno.

[Moto Kai Hwan Ji]

- Eu quem a agradeço, Ide-San. Sango mais ainda!

E enquanto dobra na direção que deve seguir, sigo em frente, em direção a saida das propriedades Ide.  Com o repentino tempo livre, faço Sango seguir em direção aos campos abertos nas fronteiras, próximo de onde encontrei Shinjo Lawan. 

[Kanjis de "Fim" no canto da tela]