A Primeira Jornada

[Kitsuki Haruki]

A PRIMEIRA JORNADA:
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Últimos dias do Mês do Macaco, fim do Verão, logo viria o Outono, época onde as guerras diminuem porque o rigoroso inverno está chegando. Época das grandes chuvas que alagam os campos de arroz melhorando sua safra, mas também ferindo as outras culturas quando mal cuidadas. Uma época de expectativas diante da proximidade das Cortes do Inverno. Em Shiro Kitsuki, o jovem Kitsuki Haruki aguardava com alguma ansiedade um comunicado importante de seu pai, Kitsuki Tetsuo. Algo aconteceria em Terras Imperiais e o nobre Magistrado queria dar a seu amado filho a chance de honrar sua família, seu Clã, o Império, com seu bom trabalho em uma missão aparentemente simples. Em seu escritório, Kitsuki Tetsuo receberia seu próprio filho para esta rápida e objetiva conversa.

- Filho... É chegado o Outono e em poucos meses virá o Inverno. Quero que se prepare, pois é possível que tenhamos um convite para uma das Grandes Cortes e quero que nos represente. Mas para isto, deve ser útil ao Império e mostrar sua disposição em algo simples, para que sua postura solícita seja reconhecida. Em Toshi Ranbo, deve procurar um Magistrado Imperial chamado Seppun Takeshi. Ele organizará um torneio para que se decida o destino de uma antiga relíquia. Um arco de Jade, feito há mil anos, por antigos Agasha. Não foi encontrado um herdeiro de direito, então, o vencedor do torneio será premiado com este objeto.

Haruki ouvia seu pai, sempre atento, mantendo uma postura digna diante de alguém com quem tinha grande afinidade, pois ali, eles tratavam de assuntos de trabalho, coisas oficiais, não era um mero encontro entre pai e filho que pudesse dispensar formalidades. Haruki sorriu levemente ao ouvir pequenos detalhes sobre aquela situação. Seu pai sabia do interesse de Haruki pelo velho Agasha Aki, ainda que não soubesse o motivo disto, nem Haruki sabia ao certo, e o filho apenas concordou com a cabeça, dispensando palavras inúteis, embora seu pai, perspicaz como todo bom Kitsuki, percebia em seu filho este ligeiro contentamento.

- Sei que tem um interesse estranho por esta antiga Família que abandonou nosso Clã para servir ao Clã da Fênix, mas... deve ser prudente em se limitar ao seu ofício. Um Investigador Kitsuki não é apenas um mero Magistrado, mas um servo da Justiça, que deve zelar pela verdade acima de qualquer coisa. Você deve oferecer seus serviços ao membro da Família Seppun, para garantir que o torneio ocorra bem e que não ocorram fraudes. Este Arco de Jade deve ser muito valioso para demandar tamanho empenho de uma família imperial, então, você terá de protege-lo com sua astúcia, percepção e argumentos lógicos.

Haruki baixou um pouco o olhar após aquela quase suave bronca de seu pai. O homem tinha razão... talvez... ele devesse esquecer estes lapsos de memória, estes sonhos estranhos, e apenas acreditar que não passava de alguma simples brincadeira dos Espíritos. Ainda que fosse algo curioso e inesperado, Haruki tinha que focar-se em seu trabalho e na boa oportunidade que surgia a ele e sua família.

- Sim, Kitsuki-Sama... o dever sempre vem primeiro, não é mesmo? Farei o melhor de mim para preservar a integridade deste torneio. Rezemos às Fortunas para que este intento seja proveitoso, pela honra de nosso Clã e Família, pelo bem do nosso amado Império Esmeralda.

Haruki reverenciou seu pai levantando-se para então retirar-se e preparar-se para partir. Ele esperava chegar a Toshi Ranbo ainda nas primeiras semanas do mês do Galo. Para isso levaria consigo apenas uma pequena comitiva de servos Heimin e, talvez, um Yojimbo, já que era bem possível conseguir a proteção de um Bushi do Clã do Dragão para acompanha-lo em sua não tão longa viagem entre Shiro Kitsuki e Toshi Ranbo.

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(Não vou esquentar com ficha de personagem secundário. Se for possível, uma comitiva pequena de uns 3 Heimins e um Yojimbo bom de briga já está bom. rs)